A importância de ser assertivo nos relacionamentos interpessoais

Todos nós temos uma série de direitos que devemos sempre procurar que sejam respeitados, como o direito de ser tratado com respeito e dignidade, de recusar pedidos (abusivos ou não) quando achar conveniente, de mudar de opinião, de cometer erros por ignorância e buscar reparar as faltas cometidas, de ter suas próprias necessidades e tê-las consideradas tão importantes como as necessidades dos outros, de expressar opinião, de ser ouvido e levado a sério, etc. O problema é que nem sempre conseguimos ter estes direitos respeitados pelas pessoas e às vezes somos nós que violamos os direitos dos outros.

Dessa forma, nos relacionamentos interpessoais podemos apresentar um comportamento assertivo, passivo ou agressivo.
A assertividade é o comportamento em que a pessoa consegue expressar de forma adequada seus sentimentos, pensamentos e necessidades para o outro, sem violar os direitos alheios e sem permitir que os seus sejam violados. Ou seja, a pessoa que é assertiva consegue expressar o que sente e pensa sobre algo, manter o contato visual enquanto conversa e um volume de voz natural e consegue expressar de modo claro e objetivo o que deseja.
O comportamento agressivo ocorre quando a pessoa expressa pensamentos, sentimentos e opiniões de uma forma que viola os direitos da outra pessoa, tentando impor a sua vontade, seja através de uma maneira de falar agressiva ou através de gestos ameaçadores. O objetivo da agressão é dominar o outro, através de humilhação, da degradação, de modo que os demais se sintam fracos e menos capazes de defender seus direitos. Este tipo de comportamento traz consequências também para a pessoa que o pratica, como: conflitos interpessoais, culpa, tensão, solidão, aborrecimento, além da perda de oportunidades.
Já o comportamento passivo, a pessoa não é capaz de falar sobre seus sentimentos, pensamentos e opiniões, expressando-os de forma auto-derrotista e com falta de confiança, de modo que os demais possam facilmente não dar atenção, manipulá-los ou violá-los. Geralmente a pessoa com este comportamento evita olhar diretamente nos olhos, tem fala vacilante, volume de voz baixo e postura tensa, se sentindo desamparado, deprimido, tenso, aborrecido e com baixa autoestima, podendo não gostar de si mesmo nem dos outros, além da perda de oportunidades e falta de controle.
Através das definições sobre os tipos de comportamentos, verificamos que sendo assertivo a probabilidade de ser compreendido e atendido pelo outro aumenta, pois a pessoa desenvolve uma maior confiança, consegue lidar melhor com os confrontos e com tentativas de manipulação e chantagem emocional.
Para as pessoas que apresentam dificuldade de comunicação no processo de terapia é desenvolvido um treino de assertividade para que se sintam no controle, relaxado, além de criar oportunidades, elevar a autoestima e aumentar a probabilidade de resolver os problemas.
Ser assertivo contribui para uma melhora nos relacionamentos familiar, social, conjugal e principalmente no profissional. Invista em você!

Via devianart por victor

►Maria Fernanda Sperancin Palaro
Psicóloga – CRP 06/104875
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