Nas relações sociais, algumas pessoas necessitam da aprovação, aceitação e reconhecimento do outro para lidar com as situações da vida. Ela não acredita em seu próprio valor, no seu poder de tomar decisões, de fazer escolha e até mesmo na sua capacidade de conquistar alguém e desenvolve uma relação de dependência afetiva para com outra pessoa.
A pessoa que é emocionalmente dependente é insegura, submissa e frágil. Precisa de auxilio para realizar tarefas que poderia executar sozinho, tem dificuldade ou não consegue tomar decisões, e permite que a outra pessoa tome decisões importantes para a sua vida, como consequência tem prejuízos em varias áreas, déficit de habilidades sociais e resolução de problemas, desenvolvendo um sentimento de incapacidade para lidar com as situações.
A maneira como as crianças são criadas na infância são fundamentais para o desenvolvimento de adultos seguros, confiantes e independentes emocionalmente, portanto, pais que protegem demais e fazem tudo por ele, que consideram seu filho frágil e incapaz ou quando determinam o que seus filhos têm que fazer, sem deixar o poder de escolha, não possibilita a oportunidade de a criança treinar e desenvolver a independência, contribuindo para ser insegura e dependente.
O dependente emocional apresenta baixa autoestima, medo intenso de errar, falta de iniciativa, temem perder apoio ou aprovação, e por este motivo, apresentam dificuldades em expressar discordância de outras pessoas, especialmente àquelas das quais dependem, necessita de uma quantidade excessiva de conselhos para tomar decisões. Esses fatores afetam negativamente seus relacionamentos, seja nas relações amorosas, ou entre amigos, colegas de trabalho, pais e filhos, entre outras.
É importante estar atento quando tem um dependente emocional porque existe outra pessoa que gosta de comandar e dar ordem, desenvolvendo um ciclo vicioso no qual as pessoas envolvidas não percebem, sendo construído de forma natural.
Para que este ciclo se quebre, é necessário que uma das partes reconheça esta dependência e queira mudar a situação. Quando a pessoa chega à fase do reconhecimento o primeiro passo é colocar limites ao outro. Carinho é uma coisa, dependência emocional é outra, e é ruim. Existem pais que usam uma doença como muleta para controlar a vida do filho, portanto cabe a ele colocar limites e demonstrar o amor, independente de qualquer coisa. Quando se descobre as causas, os efeitos diminuem.
O processo de terapia é uma ferramenta importante para o tratamento dessa relação de dependência, sendo importante que as duas pessoas busquem auxilio para a quebra do ciclo. Neste processo é construído e fortalecido a sua autoestima, tornando-o mais seguro e dependente de si próprio.
Quando as pessoas começam a gostar de si mesmas, aprendem a cuidar de suas próprias feridas e procuramos pessoas que nos valorizem e nos respeitem pelo que somos.
►Maria Fernanda Sperancin Palaro
Psicóloga e Psicopedagoga– CRP 06/104875
Facebook: Maria Fernanda S. Palaro – Psicóloga
fernandapalaro@hotmail.com / (19) 99190-7919.
Consultório: Clinica Ser e Transformar e Iris Homeopatia.
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